segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Quem sou...

Meu nome é Bruna, tenho 29 anos, sou bipolar  e estou grávida de seis meses,  recebi o diagnóstico de transtorno bipolar a aproximadamente uns cinco anos, acho que até hoje tenho experança do diagnóstico estar errado, e eu ter apenas depressão, o rótulo de ser uma doença incurável nao me agrada muito.. Engravidei com DIU, eu e meu marido sempre tivemos vontade de ter mais um filho, mas nossa instabilidade financeira e a minha instabilidade emocional não nos permitia isso, temos um filho de 9 anos, que é uma bênção em nossas vidas. Meu médico suspendeu minhas medicações (Carbolitium, Lamitor, Donaren, Bupropiona (Zetron)), nossa quanta medicação! Ainda nas primeiras semanas (3 semanas de gestação, q foi quando descobri a gravidez), meu DIU havia saído do lugar, minha obstetra o retirou no mesmo dia da descoberta da gravidez e minha chance de abortar era de 90%, mas Deus permitiu que minha gestação continuasse e hoje estou esperando minha menininha, que de acordo com os ultra-sons, está super bem, desenvolveu-se  perfeitamente!
Meu psiquiatra pediu-me que retornasse a ele com 3 meses de gestação para avaliar-me, mas eu não queria voltar a tomar medicações e não retornei, confesso que a parte financeira também contou muito, pois meu  tratamento fica muito caro (consultas particulares e remédios), mas estava e estou fazendo psicoterapia por todo esse tempo. Mas comecei a não conseguir cumprir com minhas obrigações no trabalho e a ficar muito irritada e mal humorada, brigando com meu filho e meu marido por motivos fúteis e desnecessários. Estou me sentindo super deprimida esses dias, estive no meu psiquiatra semana passada por orientação da minha psicóloga que me notou mais deprimida, ele irá tentar meu afastamento do trabalho, pois simplesmente não estou conseguindo ir (sinto-me irritada, sem concetração, desmotivada, tenho tido muita hipotensão, o que prejudica inda mais, pois trabalho com visitas domiciliares e sentindo muitas dores pelo corpo), ele me receitou Neuleptil e Rivotril (em casos de ansiedade ou insônia), ainda não iniciei o uso dos medicamentos, pois continuei achando que conseguiria ir até o final da gravidez sem tomar medicação, mas desde ontem estou decidida a tomar, pois não quero ficar pior, mas estou na dúvida se apenas um antipsicótico irá me ajudar, eu havia dito a meu médico que ficava bem sem ir trabalhar, que o trabalho era o que estava me trazendo maior sofrimento, mas de repente me vi assim, mesmo com o laudo de afastamento nas mãos, tenho perícia essa semana, estou super deprimida e preocupada!

3 comentários:

  1. Bruna, força aí! Tome os remédios que forem necessários. Faça tudo o que puder para ficar o mais equilibrada possível, mas sempre pensando no melhor para a bebê. Eu fiquei com homeopatia, florais e aromaterapia. Você já tentou algo assim para ajudar no tratamento? Mas mesmo usando estes coadjuvantes, tome os remédios que receitarem (compatíveis com a gravidez). Você já viu o Blog http://maebipolar.blogspot.com ? A Di (Adriana) com certeza também terá ótimos conselhos para você. Parabéns por ter chegado até onde chegou, exige muuuuuita força de vontade e disposição! A vida continua! Sempre siga em frente. Mesmo que pare de trabalhar, tenha alguma outra atividade em casa que ocupe sua mente. Crie novas rotinas. Caminhe. E qualquer coisa, grite para gente!!! Fala com a Di, ela é super acessível! Beijão que Deus abençoe muito esse seu novo caminho, afinal, Ele já abençoou desde o início qdo permitiu que a vida continuasse para a bebê, não?! Lindo isso!

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  2. E isso mesmo! Sou super acessivel! :P
    Oi bruna! Olha, aproveita o blog, e usa ele como valvula de escape. A, mas uma coisa, vai nas configurações dos comentarios e coloca que vc não aceita comentarios de anonimos. Afinal, a ultima coisa que voce precisa e de alguem infeliz querendo maldizer sua vida por inveja. Afinal, mulher, voce ja e uma vitoriosa! E alguem que outros tem que invejar! voce vive todos os dias com um doença que praticamente tentou te definir, e voce esta lutando! Esta ganhando essa luta, dia apos dia, ao não desistir, ao ir atras de fazer o seu melhor a cada dia, por voce, sua bebe, seu filho e marido!
    A gente se sente insegura mesmo, Bru. Faz parte de ser humano, e mais ainda de ser bipolar. Nunca ter certeza do que é um sentimento normal e excessivo. Mas faz o que te digo, ouça o seu racional, siga o plano de quando vc estava medicada, confie nas pessoas que confiava naquele momento. Voce vai ver e sentir as coisas de forma diferente agora, mas confie no seu proprio bom senso de antes de parar o remedio. E respira fundo, assopra as coisas ruins pra longe, e termina o que tem pra hoje. Depois descansa, pois a magia dos sentimentos e que eles mudam, e amanh~sa tudo pode estar melhor. e voce sabe que e verdade.

    sobre a depressão pos parto, eu li que mães que amamentam tem menos riscos de sofrer depressão pos parto. Conversa com seu medico sobre vc amamentar pelo menos o primeiro mes, ou mais. Mas com alguem dando 1 das mamadas da madrugada na mamadeira no seu lugar pra vc dormir pelo menos 6h seguidas. E estabeleça uma rotina - ter o controle ajuda a manter a cabeça no lugar.

    bjs e boa sorte

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  3. Tenho 17 anos casado com uma bipolar, como está seu esposo neste processo? Descobrimos doença quando filha nasceu a 14 anos. Foram internações e momentos desastrosos, potencializados pela família de minha esposa. Aliás, até hoje eles conseguem desestabilizá-la. As dicas acima são interessantes, seja prática, descanse, durma e compartilhe. Estamos orando.

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